Já devem ter visto este cartaz, e aposto que até acharam piada.
A fotografia relata o abraço do (engenheiro) José Sócrates com o Durão Barroso durante a aprovação do tratado de Lisboa pelos chefes de governo da União Europeia, mas o que é de realçar é a frase que acompanha o cartaz “Quem nos meteu na crise não nos tira dela”. Será que foram apenas estes dois senhores a “meter-nos” na crise?
Sou muito simpatizante do Bloco de Esquerda, concordo com muitas das suas ideologias, e discordo de algumas, mas não vi com bons olhos o cartaz. O cartaz desperta a atenção do público para outro factor que não o essencial (ou vise versa, o factor essencial é mesmo o outro factor) que é culpar o governo e o primeiro-ministro, juntamente com o ministro da economia e o Durão Barroso, pela crise que vivemos. Embora seja verdade que a culpa é em parte deles, eu chego a conclusão que não mudou muita coisa desde o anterior partido até este, continuamos pobres (ou seja, a crise), sem condições (ou seja, o desemprego a aumentar) e podia escrever mais mil e um casos.
Será que é com cartazes destes que vamos mudar alguma coisa? Eu penso que não, nem a atribuir a culpa a partido x ou partido y, porque no final eles estão mais próximos uns dos outros, quando chega a altura de tomar a liderança, do que pensamos. Como se costuma dizer “Os extremos tocam se”.
Jorge Piuça
É mais forte do que eu, não posso deixar de comentar, este blog está muito bom..
ResponderEliminarAinda não tinha visto o cartaz, mas na mesma onda de sempre do BE -a memória de elefante.
Ora, o "durão" é o verdadeiro artista português. E então não é que anda tudo ceguinho e um bocado esquecido? O BE faz questão de lembrar: o homem é quem recebe toda a troop pró guerras do Afeganistão e Iraque, nas Lajes ; não faz o belo d1 peido, o país de tanga (vá lá que ainda estávamos de tanga; actual/ estamos ao natural) e sai de fininho para ser nomeado Sr. Presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso. E agora é o mesmo homem que é o primeiro a assumir o desejo de libertação e reintegração dos prisioneiros de guerra de Guantanamo, muitos capturados nos mesmos Afeganistão e Iraque, e que veem agora para a Europa; venham eles porque eles, pelos vistos, culpa não tem nenhuma de haver gente tão pouco coerente na Comissão Europeia.
Por agora, ainda resguardo o Primeiro Ministro, mas ele ainda vai ouvi-las, ou melhor, lê-las.
Abraço Jorge! já votei e adorei.
*não me querendo desviar da correcção a que me devo, leia-se "pum", "biogás", "traque" ou mesmo "nada" no lugar de "o belo d1 peido".
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